A sondagem do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Itaparica avançou para a etapa de águas profundas nesta quarta-feira (3), com o início das perfurações em trechos que variam de 10 a 60 metros de profundidade na Baía de Todos-os-Santos. Os trabalhos começaram no lado de Salvador, na região da Praia da Boa Viagem, na Cidade Baixa.

Nesta fase, uma balsa de grande porte, com 75 metros de comprimento e um convés de aproximadamente dois mil metros quadrados, está sendo utilizada. Sobre a balsa, foi montado um equipamento de perfuração de alta tecnologia vindo da China, marcando o início de um significativo intercâmbio tecnológico entre Brasil e China.

A perfuratriz empregada utiliza o “Sistema de Compensação de Ondas”, tecnologia essencial para garantir a precisão na coleta de amostras do solo, mesmo com as oscilações causadas pelas ondulações e condições climáticas adversas. Esse sistema utiliza sensores e mecanismos hidráulicos para estabilizar a perfuratriz, assegurando que os movimentos da balsa não interfiram na coleta do solo marinho.

Além do equipamento de perfuração, a balsa em águas profundas conta com 15 contêineres instalados, funcionando como um canteiro de obras avançado. Esses contêineres abrigam as equipes de operação, suporte técnico, administrativo e almoxarifado.

Claudio Villas Boas, CEO da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica, destacou a importância do diferencial tecnológico empregado para garantir a segurança e excelência dos trabalhos. “Um dos grandes legados desse investimento é o intercâmbio tecnológico proporcionado pelas inovações chinesas que estamos trazendo. Haverá uma troca de conhecimentos significativa entre os profissionais brasileiros e chineses. Nosso compromisso é incorporar tecnologias de ponta para obter sempre os melhores resultados”, afirmou Villas Boas.

Villas Boas também ressaltou a contratação de trabalhadores brasileiros e empresas baianas como prioridade do projeto. Até o momento, 17 empresas baianas foram contratadas e 300 empregos diretos e indiretos foram gerados apenas para a sondagem, que representa um investimento de R$ 160 milhões